A BURRICE É UMA CIENCIA?

Poema de Israel Guerra

 

Eu pensei que a burrice fosse uma ciência,
Diante de tudo quanto aqui vejo acontecer
A sabedoria, mero monte de excrescência,
Temo muito que ela venha a desaparecer…

Pela vantagem que têm as muitas nulidades,
Falam e assumem a posição das inutilidades,
Onde não se leva em conta qualquer atributo,
A escalada desse cinismo mórbido e tão bruto.

 

É realmente muito espantosa as suas ações,
Pois a burrice ganha o corpo das corrupções,
Em barganhas de malévolas particularidades,
O errado deita por terra toda a boa qualidade.

 

E nessa enxurrada de desvio da moralidade,
De uma aviltante e pernóstica imoralidade,
Quando os proxenetas e os avizinhadores,
São incumbidos de carregar esses andores.

 

O triunfo da burrice, sua rápida ascensão,
Fruto dessa súcia de malignos malfeitores,
São instruídos na arte própria da catilinária,
Os mestres do ensino dessa nova “culinária”.

 

Formados na exímia “ciência” das picuinhas,
De uma burrice a toda prova, ela se avizinha,
Assim se eleva por sobre as costas da verdade,
E um lugar de destaque ganha na comunidade.

 

O dicionário sem uso e ultrapassado, morreu,
A gramática fez sua despedida e se escondeu,
Assim, a burrice, já se tornou quase imortal,
Chefiando esse sistema tão caótico e imoral,

 

Só sei que a burrice tomou conta do pedaço,
Já se pode fazer do diploma papel sem valor,
O saber não tem vez, torna-se um embaraço,
E para quem estudou é muito desestimulador.

 

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E-mail: israeljguerra@gmail.com

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